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Audição

17/12/2010



   Chamamos de Percepção Auditiva a capacidade de compreender e organizar os estímulos sonoros. Esses estímulos são recebidos pelo ouvido, que os conduz ao cérebro, onde se realiza sua organização e compreensão. Para que se possam distinguir os sons, é necessário, antes, identificá-los isoladamente. A isso chamamos de discriminação auditiva.
   Para que uma pessoa possa escutar normalmente, é necessário que as partes que compõem o ouvido estejam em bom funcionamento. Caso isso não aconteça, a audição pode de alguma forma ficar prejudicada.
   Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de dez por cento da população brasileira são portadores de alguma deficiência, sendo que a deficiência auditiva ocupa o terceiro lugar e pode se apresentar de maneiras diferentes.

TIPOS DE PERDAS AUDITIVAS
Fonte: Revista do Professor nº 102
 
   Perda Auditiva Condutiva: Ocorre quando as ondas sonoras são bloqueadas no ouvido externo ou médio e não consegue chegar ao ouvido interno. Pessoas afetadas por este tipo de perda experimentam uma redução geral do volume dos sons e têm dificuldades de ouvir sons de baixa intensidade.
 
   Perda Auditiva Neurossensorial: Apresentam-se quando as vibrações sonoras atingem o ouvido interno, mas não são enviadas como impulsos para o cérebro. Esse tipo de perda resulta em danos no nervo auditivo.

   Perda Auditiva Mista: Verificam-se quando há perda condutiva e sensorial numa mesma pessoa. As perdas auditivas ocorrem em graus variáveis, calculados em função da intensidade necessária para amplificar um som de modo que seja percebido.
 
   É extremamente importante que a deficiência auditiva seja detectada o mais precocemente possível. Por isso alguns comportamentos devem ser observados desde o nascimento, como:
  • Reação do bebê aos sons; percepção de ruídos; reação à voz da mãe; repetição dos próprios sons; reação e procura da origem de barulhos, como o toque do telefone, campainha, panelas caindo; demora em falar as primeiras palavras; fala muito infantilizada; tempo que demora em responder quando é chamado; uso excessivo de gestos para se comunicar; intensidade vocal muito alta ou muito baixa; ouvir televisão ou rádio com volume aumentado; olhar voltado para os lábios de quem fala e não para os olhos; atraso na aprendizagem; vias respiratórias sempre congestionadas; trocas de fonemas surdossonoros; etc. 

     Perdas auditivas leves ou moderadas normalmente passam despercebidas e somente as importantes ou mais acentuadas são facilmente detectadas. O maior distúrbio da audição é a surdez que pode ser congênita (de nascença) ou adquirida (por traumas, infecções, etc.). Quanto mais cedo a alteração for diagnosticada, melhor será para sua correção.

   É importante lembrar que a preocupação com a audição não deve cessar ao nascimento, porque o indivíduo pode desenvolver perda auditiva progressiva ao longo da vida. Recomenda-se, portanto que toda criança se submeta à Audiometria ao menos uma vez, sendo esta repetida conforme orientação médica.

   A consulta ao Audiologista é antes de tudo, aconselhada em caráter preventivo.
 Profa. Roseli Elena Andreazzi Finelli



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