São muito frequentes os professores de alunos com dificuldades atencionais, hiperatividade, ansiedade, impulsividade sentirem tanta frustração quanto os pais. Não podemos esquecer que os professores também são seres humanos únicos, com características específicas, e que nenhuma sugestão isolada de como lidar com o aluno vai funcionar no relacionamento de todos os professores com todos os alunos. É preciso haver um ajuste das duas partes. Algumas vezes, é preciso tentar várias maneiras de ensinar ou de corrigir o comportamento do aluno antes que algum resultado positivo apareça. Vários fatores afetam de maneira positiva o desempenho escolar de um aluno com essas características.
A estruturação: na sala de aula e durante o tempo de estudo na casa. Uma sala de aula estruturada não significa um ambiente rígido, tradicional. Ao contrário, pode ser criativa, colorida, ativa e estimulante, assim como o ambiente familiar. A estrutura aparece através de:
Instruções simples, claras e concisas
Regras bem definidas expostas em quadros ou cartazes
Expectativas bem explicadas
Recompensas e consequências de acordo com a ação
Rotina das atividades programada (com períodos de descanso bem definidos)
Material sempre no mesmo lugar
Mudanças antecipadas e bem preparadas
Alunos supervisionados e ajudados na organização do lugar de trabalho, do material, das escolhas e do tempo.
Localização do Aluno: deve-se evitar que o aluno fique próximo à janela ou porta da sala, porque os estímulos constantes fazem sua atenção se desviar frequentemente para o que acontece fora da sala de aula. Colocar o aluno perto do professor, para que ele possa manter sua atenção através do olhar, de ligeiros toques ou sinais discretos combinados antes.
Uso de recursos audiovisuais: o colorido na lousa, jogos, brincadeiras, “software”, exposição com “data show”, enfim, técnicas diversificadas para que a atenção não se perca e seja mantido o nível de motivação.
Movimentação: o aluno pode ser estimulado, durante o período de aula, a executar pequenas tarefas que permitam sua saída de sala sob a supervisão e orientação do professor ou inspetor.
As tarefas: não devem ser muito longas; separá-las em partes, tanto na sala de aula quanto no dever de casa (os responsáveis, em casa, podem ajudar a dosar o tempo necessário para a execução de tarefas e trabalhos).
O tempo: ser flexível, ele precisa de mais tempo para completar o trabalho do que o aluno padrão. Preocupar-se mais com a qualidade da aprendizagem do que a quantidade do trabalho.
Organização: ajudar no planejamento do tempo, na preparação das atividades; certificar-se que entendeu o que foi solicitado, que tem o material adequado, que tomou nota das lições para casa.
Consequências: positivas ou negativas devem ser coerentes com a ação ou trabalho, e sempre imediatas, por causa da grande dificuldade em lidar com esperas.
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